Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14 – FSP – 7/9

A matéria principal da Folha de S. Paulo (claro que de esportes) fala sobre a possibilidade da Fifa excluir até duas cidades sedes até o final deste ano. Essa é uma informação que circula já faz um tempo e eu considero que tem um grande risco de acontecer. E esse risco passa a ser maior levando em consideração que nove dos 12 estádios escolhidos para 2014 são públicos.

O grande problema de ser público é que depende de prazos e burocracias. Para o São Paulo, por exemplo, fazer uma obra no Morumbi, ele contrata uma empresa e pronto. Para o governo de Minas fazer no Mineirão precisa fazer licitação. Isso é um tempo a mais.

Mas, não é só a burocracia que preocupa a Fifa. Ela tá de olho na saúde financeira dos estados e a capacidade de realmente bancar a construção das arenas. Para mim, a construção é até a parte mais fácil.  O problema é o pós-2014. Se a entidade de fato se preocupa com isso, tem muita gente correndo risco de ficar fora.

A única questão que precisa ser levantada para essa matéria é que os estádios modificaram seus projetos na sexta-feira passada. Então, algumas coisas podem ter mudado.

Segue a matéria:

Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14

Atrasos e capacidade financeira devem reduzir a dez as cidades no Mundial

Insatisfeitos com projetos e descrentes quanto ao financiamento, executivos da entidade e organizadores já estudam a mudança
A Copa de 2014 corre risco de encolher. Executivos da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) podem eliminar até duas cidades antes do fim do ano, reduzindo o total de sedes a dez.

O atraso no cumprimento dos prazos exigidos pela Fifa e a desconfiança dos estrangeiros com a saúde financeira dos Estados para bancar as obras são os principais pontos de descontentamento da entidade.
Nenhum dos nove governos estaduais lançou o edital de licitação das obras das arenas do Mundial até a última segunda, como estabeleceu o COL.
Por terem estádios privados, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre estão livres da exigência.
Na sexta-feira, os projetos dos estádios teriam que ser apresentados ao COL. Os documentos foram entregues, mas ainda não foram examinados.
Se considerados insatisfatórios, os projetos podem ser excluídos. As cidades não seriam substituídas e se chegaria a um total anteriormente previsto pela Fifa (que as aumentou para 12 após pressão da CBF).
O número é o mesmo da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Já na África do Sul, local do próximo Mundial, dez cidades abrigarão jogos.
Por causa da série de atrasos, o COL teme um vexame em 28 de fevereiro, data estabelecida para o início das obras nos estádios que vão abrigar o torneio.
A preocupação é com a capacidade financeira de execução das obras de algumas cidades menores. Cuiabá, por exemplo, já mudou o projeto duas vezes em menos de seis meses.
Estádios como os de Natal, Recife e Manaus, que foram apresentados apenas em maquetes, também deixam os organizadores temerosos.
Sem conseguir atrair parceiro privado, o governo do Amazonas já anunciou que bancará sozinho a pesada obra do novo Vivaldão, que terá capacidade para 47 mil pessoas e já foi orçada em R$ 400 milhões.
Os executivos da Fifa também não gostaram de alguns projetos. Pelo menos duas cidades pretendem construir “”puxadinhos” em seus estádios para abrigar os jogos da Copa.
Salvador e Cuiabá apresentaram no mês passado seus projetos com parte da arquibancada sendo desmontada após a realização do campeonato. Os projetos não foram vetados na hora, mas dificilmente deverão emplacar. Nenhum estádio adotou estrutura semelhante nos últimos Mundiais.
Para tentar receber jogos das semifinais da competição, o estádio da Fonte Nova, em Salvador, projetado para 50 mil torcedores, teria um novo setor de arquibancada de estrutura móvel para chegar à capacidade de 60 mil espectadores. Custará cerca de R$ 500 milhões.
Já em Cuiabá, o Verdão terá parte da arquibancada erguida “”em estrutura desmontável”.
Segundo o arquiteto Sérgio Coelho, a estrutura, que existe em competições de futebol de praia organizadas pela Fifa, seria aparafusada no concreto e depois retirada do estádio.
Pelo projeto, o Verdão ficaria com uma capacidade para cerca de 40 mil pessoas durante a competição internacional que seria reduzida após o evento para cerca de 30 mil.
A explicação para encolher o Verdão é que o futebol local não tem capacidade para atrair tantos torcedores. O orçamento é de R$ 440 milhões.

Painel FC – Folha de S. Paulo – 7/9

Já até cansei de falar o que acho da coluna de bastidores. Muitas vezes ela traz informações novas e relevantes. Outras ela apenas repete o que já se sabe. Ainda mais para quem acompanha o dia-a-dia do noticiário do Morumbi.

Já se sabe que o São Paulo busca um banco para fazer a intermediação do empréstimo do BNDES. E essa é a instituição que vai dar as garantias, assim como teve uma que garantiu o crédito para a loja de luxo Daslu.

De qualquer forma, segue o texto:

Risco máximo

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, confirmou com diretores do BNDES rumores que ouvia sobre o que pensa o banco estatal a respeito dos clubes. O órgão acha arriscado fazer financiamento às equipes de futebol, principalmente no que se refere a dinheiro para construção ou reformas de estádios. Quem é ligado ao banco conta que dificilmente os clubes conseguirão apresentar garantias financeiras para tomar empréstimos. E há aposta de que nem uma eventual pressão do presidente Lula para facilitar operações de crédito para a Copa de 2014 quebrará a rigidez do BNDES em relação ao financiamento de estádios para o evento.
Quem pode. Gente ligada ao BNDES alega que não tem fundamento o argumento de Juvenal Juvêncio de que se o banco empresta dinheiro à Daslu, tem de fazer o mesmo com o São Paulo. A luxuosa loja apresentou aval de uma poderosa instituição europeia para financiamento no banco.

Capital paulista investirá R$ 33,4 bi para 2014 – Terra – 28/8

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Só para constar. Essa matéria do Terra é sobre uma audiência que aconteceu na quinta-feira em Brasília. Para quem acompanha o blog, não tem nenhuma novidade.

Veja a matéria do Terra

Capital paulista investirá R$ 33,4 bi para Copa de 2014

Enquanto a maioria das cidades-sedes escolhidas pela Fifa para a realização da Copa de 2014 enfrenta dificuldades para deflagrar as obras de infraestrutura indispensáveis para acolher o Mundial de futebol do Brasil, a cidade de São Paulo já sabe quanto vai gastar para organizar o evento: R$ 33,4 bilhões.

A informação foi dada pelo coordenador da Copa do Mundo no Estado de São Paulo e presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

“O montante de investimento anunciado seria realizado até 2020. Mas, por causa da Copa, o governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital paulista resolveram antecipar os investimentos, que serão aplicados para solucionar o problema mais grave da cidade: o da mobilidade urbana”, afirmou, acrescentando que desse total, 4% será bancado pelo governo federal, 8% será oriundo da iniciativa privada e o restante (88%) do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.

Caio afirmou que há muitos aspectos envolvidos em uma competição dessa magnitude fora do âmbito da construção e reformas de estádios. “Quando se pensa em Copa do Mundo, todo mundo pensa em estádios. Só que, além do estádio, o maior problema é da mobilidade urbana, transporte de massa. Depois vêm as vagas em hotéis, as preocupações ambientais. São Paulo é a cidade mais preparada para isso”, afirmou, embasando sua tese logo na sequência.

“Imagine que a Fifa exige que o país sede tenha pelo menos 40 mil leitos disponíveis. Só a cidade de São Paulo tem 42 mil, o mesmo número que Nova York. E acho que até 2014 teremos um aumento de cerca de 20% nesse número. Além do mais, quanto à demanda de assistência médica perto do estádio, temos ao lado do Morumbi não só o Albert Einstein, como o São Luiz, que atende a Fórmula 1 no circuito”, comentou.

O coordenador da Copa disse ainda estar preocupado com a demora do BNDES em definir as regras de acesso à linha de financiamento para a realização das obras de reforma e construção de estádio. Como o banco ainda não informou qual a documentação exigida para habilitação, garantias necessárias, taxas, prazo e carência, o projeto de reforma do estádio do Morumbi está parado na banco, para análise. Para atender as exigências da Fifa, o São Paulo já contratou a empresa alemã GMP, que está trabalhando nos projetos de estádios da Copa da África do Sul, para readequar o projeto original, que foi condenado.

Por causa dessa falta de definição por parte do BNDES, a Fifa teve que prorrogar para o dia 30 de setembro o prazo para a apresentação dos projetos executivos das obras de construção ou reforma dos estádios, fixado inicialmente para 31 de agosto. “Essa decisão foi motivada pela dificuldade das cidades-sede, cujos estádios são públicos, para ter acesso a recursos para a realização das obras, o que só não acontece em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo, cujos estádios pertencem aos clubes, respectivamente Internacional, Atlético Paranaense e São Paulo”, justificou.

Parceria São Paulo e GMP – Lance e blog do Birner – 25/8

berlin

Primeiro a notícia surgiu no blog do Victor Birner, depois ela foi confirmada com mais detalhes na agência Lancepress. A assinatura do contrato com a empresa alemã especialista em estádios, GMP, tem um papel importante no projeto de 2014.

Primeiro por ser um acordo com uma imprensa de nome internacional e com grande experiência. Alguns dias atrás, a coluna De Prima comentou que um projeto alemão para a cobertura foi cotado com preço que era praticamente a metade dos outros que o São Paulo orçou. No entanto, segundo o Lance, o acordo não é para a cobertura e sim para o projeto em todo em si.

Bom, para empresa é também um grande negócio, já que esse é o trabalho dela. Na Copa de 2006 ela tinha três estádios, como o de Berlim. Na África do Sul, são mais três estádios. Ter o local de abertura de 2014, é mais um projeto para fazer parte de seu portfólio.

Confira as notas:

Blog do Birner
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São Paulo assina com a GMP

A GMP, empresa alemã de consultoria de arquitetura, assinou ontem com o São Paulo.

O acerto demorou cerca de 5 meses.

A GMP fez a consultoria de 3 estádios usados na Copa da Alemanha, entre eles o Olímpico de Berlim, palco da final, e faz o mesmo com outros 3 do mundial sul-africano.

A experiência para lidar com projetos e plantas nos moldes desejados pela Fifa para os estádios da Copa do Mundo levou o clube a contratá-la.

Trabalhará em parceria com o arquiteto Rui Othake

São Paulo fecha parceria com empresa alemã

GMP, responsável por palco da final da Copa-2006, vai prestar consultoria ao Morumbi

A empresa alemã GMP vai prestar consultoria ao São Paulo na reforma do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. Após a reunião da semana passada, no Rio de Janeiro, os dirigentes tricolores se impressionaram com o detalhamento das observações de membros da Fifa sobre o projeto.

A GMP foi responsável por quatro estádios na Copa de 2006, na Alemanha. Entre eles, o Olímpico de Berlim, palco da final, e atua também em três estádios que serão utilizados no Mundial de 2010, na África do Sul. A experiência da empresa em atender o caderno de encargos da Fifa levou o presidente Juvenal Juvêncio a selar a parceria.

Na próxima sexta-feira, haverá a primeira reunião entre Tricolor e GMP. Os alemães irão apresentar soluções para os problemas apontados pela Fifa, sobretudo relativos à hospitalidade aos parceiros da entidade, e trânsito dos jornalistas dentro do Morumbi.

O acordo, porém, não se estende à cobertura. A GMP, assim como outras duas empresas, trabalha em projetos para apresentar ao clube, que deseja reduzir os custos do artefato e contará com empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O São Paulo comprará a cobertura pronta e não vai interferir nas obras. Já nas modificações internas, uma construtora deverá atuar em parceria com o clube. O projeto segue sob coordenação do arquiteto Ruy Ohtake.

BNDES, cobertura, Cia. Athletica, 2014… – Diversos – 24/8

jj

Dia de assinatura de contrato do São Paulo com a Cia Athletica é prato cheio de notícias. Vai muita gente da imprensa e o presidente do clube, Juvenal Juvêncio dá muitas entrevista sobre o tema, e também sobre a Copa de 2014.

No Globo (matéria do Lance), o foco da matéria foi o empréstimo do BNDES. O presidente defende esse modelo de financiamento para o Morumbi destacando que o clube vai pagar e dará garantias para esse empréstimo.

No UOL, o foco foi o próprio lançamento da academia, mas, com respostas às críticas da Fifa. JJ comentou que as exigências são duras, mas que mesmo assim o Morumbi está muito a frente de outros candidatos à abertura da Copa do Mundo.

A da Gazeta Press, publicada no site da Abril, talvez seja a melhor das três. Logo no primeiro parágrafo ela dá a entender que o clube teria desistido de buscar investidores para usar apenas recursos do BNDES. Na verdade, esse financiamento será apenas para a cobertura. A se confirmar a nota de que os custos teriam caído pela metade, o empréstimo seria de uns R$ 80 milhões.

Agora, acompanhe cada uma das matérias:

GLOBO:

Juvenal defende empréstimo do BNDES ao Morumbi

O presidente Juvenal Juvêncio confirmou, na manhã desta segunda-feira, que vai buscar investimento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar a cobertura do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014.

O dirigente são-paulino ironizou as críticas ao clube e alegou que o dinheiro do órgão não é público, além de garantir que terá como pagar o empréstimo com o lucro do Morumbi. A previsão de Juvenal é que o estádio renda, em 2009, cerca de R$ 20 milhões. E que esse valor triplique após as obras.

– Vamos trazer dinheiro do BNDES, sim. Por que eles podem financiar a Daslu, e não podem investir no futebol, que mexe com o homem simples, das palafitas? Isso é o que o Governo deveria fazer. Quando os governos da Argentina, Espanha, Itália, Alemanha e Inglaterra colocam dinheiro no futebol, fazem muito bem. Por que não podemos, por que alguns não querem? Nós podemos e devemos – decretou o dirigente.

Segundo Juvenal, os recursos necessários são apenas para a cobertura, parte mais cara da adaptação do Morumbi ao caderno de encargos da Fifa. Após anunciar parceria com uma rede de academias, o presidente retomou reunião com uma empresa alemã, candidata a cobrir as arquibancadas do estádio.

Nas negociações com o BNDES, o São Paulo utilizará um banco privado como intermediário, já que o órgão do Governo não tem o hábito de emprestar dinheiro para clubes de futebol.

– Estamos discutindo uma melhor taxa, um melhor prazo, uma melhor carência, garantias, agentes repassadores, e isso é absolutamente legítimo – assegurou.

O comitê da candidatura paulista, assim como das outras cidades-sedes do Mundial de 2014, tem até 31 de dezembro para apresentar os investidores que atuarão em reformas ou construções de estádios.

UOL

Morumbi terá academia para torcedores, e São Paulo rebate críticas da Fifa

O São Paulo apresentou na manhã desta segunda-feira mais uma parceria para arrecadar dinheiro com o Morumbi. O clube cederá um espaço no anel inferior do estádio para a construção de uma academia com visão para o campo.

Segundo o presidente Juvenal Juvêncio, essa é mais uma forma de rebater as críticas que o projeto do estádio para a Copa do Mundo de 2014 tem recebido da Fifa.

“As indagações da Fifa são bastantes acres. Apesar de os integrantes da comissão serem duros, o Morumbi está muito à frente do estádio que está em segundo lugar [para a abertura da Copa] e nem sabemos qual é”, decretou o mandatário são-paulino.

Os representantes paulistas têm até o próximo mês para apresentar uma série de alterações no projeto do estádio para o Mundial. O prazo foi dado por COL (Comitê Organizador Local) e membros da Fifa.

Na semana passada, ocorreu uma sabatina entre especialistas em estádios da Fifa e representantes do governo e da prefeitura de São Paulo, além de dirigentes do clube tricolor. Foi a mais longa do seminário promovido com as 12 cidades que abrigarão a Copa.

“O Morumbi demonstra a cada dia e a cada passo que é a melhor solução para a abertura da Copa. Algumas pessoas não estão convencidas disso, mas é questão de tempo”, apontou Juvêncio.

A parceria
A previsão é que a academia, que fará parte da rede Cia Athletica, fique pronta entre fevereiro e março de 2010. O contrato assinado tem validade até dezembro de 2012, e serão investidos R$ 3,8 milhões para a construção do espaço, sem custo para o São Paulo.

“Convenhamos que é uma coisa moderna para o estádio. Algo higiênico, inovador, um ‘plus’ nas arenas nossas que são arcaicas e obsoletas”, opinou o presidente do atual tricampeão brasileiro. “Acabou esse conceito de que estádio é apenas um local para receber jogos nos finais de semana.”

A academia ficará aberta também nos dias de jogos, quando se transformará em camarote para receber 600 pessoas. O clube cobrará um aluguel mensalmente, porém o valor não foi revelado. O limite será de mil matrículas de alunos, e a pista de corrida do Morumbi também será utilizada nas atividades.

ABRIL

 Juvenal admite busca de recursos no BNDES para Morumbi

O São Paulo desistiu da ideia de atrair apenas investimentos privados para as reformas do Morumbi com vistas para a Copa do Mundo de 2014. O presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, confirmou nesta segunda-feira que o clube está em processo para receber verbas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

“Estamos procurando recursos do BNDES, este é um direito e é absolutamente devido. Vamos trazer de lá. Se loja de luxo e outras empresas podem, por que o futebol, que mexe com os pés no chão, não pode?”, questionou.

Juvenal chegou apressado ao lançamento de uma academia no estádio, nesta segunda, justamente porque precisou interromper uma reunião com representantes de uma empresa alemã que se candidatou para fazer a cobertura do Morumbi. E os recursos que espera receber do banco serão destinados justamente para esta parte específica da modernização do Cícero Pompeu de Toledo.

“Deixei uma reunião agora com três alemães projetistas de cobertura”, explicou o presidente, que completou. “O São Paulo, como empresa legítima, tem direito ao dinheiro do BNDES. Não é dinheiro público, e sim captado no mercado. Vamos ter o financiamento para a cobertura do estádio. Estamos discutindo prazos, carências, garantias, agentes repassadores… Para o resto, já temos parceiros”.

O Tricolor ainda necessita provar à Fifa que tem condições de realizar toda a modernização prometida para o estádio. O próprio presidente reconheceu que a entidade é rígida na avaliação. “As indagações da Fifa são bastante acres e os representantes dela são duros no processo. Um deles nos disse que precisamos ter cuidado com a pista de atletismo no Morumbi, além de eventuais pontos cegos”.

Mesmo assim, o mandatário citou os projetos de outras cidades para advertir que a capital paulista segue com a melhor proposta. “Natal está escolhendo seu terreno ainda, e o Maracanã é tombado, mas precisa demolir seu miolo. Enquanto isso, o Morumbi já cumpre 84% das necessidades do caderno de encargos. Estamos estudando com muito carinho, mas o processo de cobertura não é simples, pois não podemos sobrecarregar a estrutura já existente. É como um chapéu que não se apóia na cabeça”.

Segundo o presidente são-paulino, a Fifa ainda exige uma área de convivência para 85 mil pessoas, o que deve ser resolvido pelas administrações municipal e estadual. “Isso será fora do estádio e, portanto, é da competência do governo do Estado e da Prefeitura”, acrescentou.

A expectativa da diretoria do São Paulo é ter o estádio completamente reformado até o fim de 2012, poucos meses antes da Copa das Confederações.

Fifa dá um mês para SP adequar o Morumbi – Folha – 22/8

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A matéria da Folha de S. Paulo deste sábado (22) sobre a apresentação de São Paulo para a Fifa tem uma conotação bastante diferente do que saiu no Globo. A publicação paulista mostrou a versão oficial, é claro. Mas alguns aspectos precisam ser analisados.

O coordenador do comitê paulista, e presidente da SP Turismo, Caio Luiz de Carvalho, nega a existência de um plano B. Com o argumento de que a cidade não irá deixar um elefante branco para a população. O interessante é que a Folha cita que dirigentes do São Paulo estiveram na reunião. Será que o Caio falaria lá que tem outro projeto? Se falou, das duas uma… Ou foi por falar, ou os dirigentes são-paulinos sabem disso e negam até a morte. Mas, a uma altura dessa, a Fifa deveria ao menos saber qual é o plano B.

Pelo o que já deu para entender, o que mais está preocupando a Fifa é a área de hospitalidade. O estádio já não teria tanto problema. Isso é interessante, já que as exigências são feitas com base no fato de São Paulo postular a abertura da Copa. Se não for abrir, a situação é mais simples.

A matéria traz ainda algumas informações pouco confusas, como falar do problema do estacionamento. Como  já mostrei aqui, existem dois projetos e a definição sobre o que será feito está por sair.

Segue a matéria da Folha

Fifa dá um mês para SP adequar o Morumbi

Sem plano B para oferecer à Fifa, o governo estadual, a prefeitura da capital e o São Paulo terão “”muita coisa para fazer” para emplacar o Morumbi na Copa do Mundo de 2014.

Os paulistas têm até o próximo mês para apresentar uma série de alterações no projeto do estádio. O prazo foi dado por COL (Comitê Organizador Local) e representantes da Fifa.

Técnicos do governo, da prefeitura e dirigentes do São Paulo foram sabatinados pelos especialistas em estádios da Fifa.
“”Acreditamos no projeto do São Paulo. Por isso, não temos plano B. Não queremos deixar nenhum elefante branco para a população”, disse Caio Luiz de Carvalho, coordenador do comitê paulista, que cobrou do governo a definição das regras do BNDES para o financiamento das obras da Copa.

A sabatina de São Paulo foi a mais longa do seminário promovido pela Fifa com as 12 cidades que abrigarão o Mundial.
A indefinição sobre um estacionamento de 3.000 vagas próximo ao estádio (poderá ser construído no subsolo da praça Roberto Gomes Pedrosa) é um dos pontos polêmicos do projeto proposto para o Morumbi.

A Fifa quer também uma área de 85 mil metros quadrados fora do estádio para os convidados dos patrocinadores oficiais do evento e para os turistas que usarão os serviços de sua operadora oficial. Pede também um estacionamento para 60 caminhões de mídia.

O São Paulo ofereceu parte da sua área social (a 200 metros do estádio), mas o governo e a prefeitura não viabilizaram toda a área exigida pela Fifa.

A área para a imprensa, que tinha sido vetada pela Fifa no primeiro semestre, já foi modificada. Saiu do anel intermediário do Morumbi e pegará quase 25% do anel da arquibancada.

Pelo projeto apresentado ontem, a reforma do Morumbi custará cerca de R$ 250 milhões. A conta será paga pelo São Paulo. O estádio terá capacidade para 62 mil pagantes.

Matéria do Estadão, agora um pouco maior

oespSó para completar o que foi publicado mais cedo. Essa é a matéria que sairá no Estado de S. Paulo de sábado (22). É basicamente a mesma coisa que publiquei mais cedo, só que com alguns detalhes adicionais. Por exemplo, pelo que foi publicado, o estádio não é problema mais para Fifa e sim a área para hospitalidade.

Consegui conversar com o Caio Luiz de Carvalho, da SP Turismo, por e-mail no final da sexta-feira. Ele fez só um rápido comentário, de que as exigências da Fifa vão além do que  consta no caderno de encargos e que a reunião havia sido muito boa, pois deu tempo da entidade informar todas as exigências.  As mudanças devem ser apresentadas até o dia 4 de setembro, se o prazo não for estendido.

Confira a matéria do Estadão:

Fifa faz série de exigências para a reforma do Morumbi

O projeto do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014 já foi alvo de críticas da Fifa durante o congresso de anúncio das 12 cidades-sede, nas Bahamas, em maio. Nesta sexta-feira (21), durante seminário realizado num hotel do Rio de Janeiro, uma comitiva da entidade máxima do futebol mundial fez uma série de exigências aos responsáveis pelo Comitê de São Paulo para o Mundial. Especialmente em relação ao setor destinado à imprensa, áreas VIPS e zonas de hospitalidade destinadas aos patrocinadores da Fifa e ao público que vier pela empresa de turismo da entidade internacional.

“Foram apontadas todas as correções que temos de fazer, desde as adequações ao espaço da imprensa até a questão da hospitalidade. Esta despertou preocupação da Fifa”, disse Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SP Turis) e coordenador do projeto paulista para a Copa. “A área que eles exigem (para as zonas de hospitalidade) é de 85 mil metros quadrados. Já temos 35 mil metros quadrados dentro do clube para isso. Vamos arrumar alternativas”, prometeu.

Até 4 de setembro, o comitê paulista tem de enviar para a Fifa a planta com todas as alterações solicitadas nesta sexta. “Resta fazer a lição de casa e apostar que o São Paulo vai fazer tudo que está prometendo. O que foi pedido (no seminário) é possível de se concretizar”, disse Carvalho. Ele cobrou que o governo federal “diga rapidamente quais são as regras do jogo do BNDES”, que financiaria a construção ou a reforma dos estádios para a Copa. “Se é verdade que não queremos recursos públicos, existem investidores privados que querem investir no estádio. Mas, para isso, eles precisam conhecer as regras do jogo”, afirmou.

“Precisamos saber o que vai acontecer com os empréstimos do BNDES ao setor privado. Qual o tempo de carência? Garantia real ou evolutiva? Quantos anos para pagar? Isso é fundamental”, acrescentou. A reforma do Morumbi, cuja previsão de gasto é de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões, será paga pelo São Paulo.(AE)

Fifa faz exigências para a reforma do Morumbi para 2014 – Estadão – 21/8

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A primeira notícia mais concreta sobre a reunião dos representantes de São Paulo com a Fifa saiu no agora de noite no site do Estadão. Como eu não consegui falar com o Caio Luiz de Carvalho, não sei ao certo que do que foi publicado é uma nova exigência e o que é algo com que o São Paulo já sabia que era necessário para o Morumbi.

Pela resposta que Caio deu ao site do jornal, parece que a exigência da área exigida pela Fifa para hospitalidade aumentou. Antes, estavam destinados 35 mil mentos quadrados de área dentro do clube, agora a Fifa fala em 85 mil metros. Ele prometeu que serão encontradas alternativas.

O prazo para a entrega do projeto mudou, que antes era o dia 31 de agosto, agora é 4 de setembro. Na verdade, muda de uma segunda-feira para uma sexta-feira da mesma semana. O discurso está em linha também com os outros projetos privados, onde os representantes cobram do governo as regras dos jogos, sobre financiamento do BNDES e isenção fiscal.

Sobre a área extra pedida, certamente é uma exigência para a partida de abertura da Copa do Mundo. O São Paulo tinha cedido apenas uma parte do clube, provavelmente agora terá de ceder todo o clube para a entidade. Quem sabe talvez seja necessário também pegar um pouco da área do colégio Porto Seguro.

Como eu não consegui conversar com o Caio, fica difícil fazer uma avaliação. Por exemplo, no caderno de encargos da Fifa, na página 131, diz que a área do centro de hospitalidade comercias e de afiliados comerciais variam de acordo com a tabela abaixo:

Jogo mais importante Afiliados Comerciais Hospitalidade Comercial
Abertura da Copa 20 metros quadrados 27 mil metros quadrados
Final da Copa 35 mil metros quadrados 50 mil metros quadrados
Até semifinal 20 mil metros quadrados 20 mil metros quadrados
Até quartas de final 10 mil metros quadrados 10 mil metros quadrados
Até oitavas de final 8 mil metros quadrados 9 mil metros quadrados
Jogo da equipe da casa 15 mil metros quadrados 20 mil metros quadrados
Jogo da fase de grupo 8 mil metros quadrados 5 mil metros quadrardos

A área citada que é necessária (85 mil metros quadrados) é justamente a que é necessária para a final da Copa do Mundo. Seguindo os padrões do caderno, o clube precisaria de 47 mil metros quadrados para abrir a Copa. Será que a Fifa quer que tenha uma segunda opção para a final?

Bom, vamos ver as outras notícias. Segue a do Estadão:

Fifa faz exigências para a reforma do Morumbi para 2014

RIO – Uma comitiva da Fifa fez uma série de exigências aos responsáveis pelo projeto do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014, nesta sexta-feira, durante seminário realizado num hotel do Rio de Janeiro. Especialmente em relação ao setor destinado à imprensa, áreas VIPS e zonas de hospitalidade destinadas aos patrocinadores da Fifa e ao público que vier pela empresa de turismo da entidade internacional.

“Foram apontadas todas as correções que temos de fazer, desde as adequações ao espaço da imprensa até a questão da hospitalidade”, disse Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SP Turis) e coordenador do Comitê de São Paulo para o Mundial. “A área que eles exigem (para as zonas de hospitalidade) é de 85 mil metros quadrados. Já temos 35 mil metros quadrados dentro do clube para isso. Vamos arrumar alternativas”, prometeu. 

Até 4 de setembro, o comitê paulista tem de enviar para a Fifa a planta com todas as alterações solicitadas nesta sexta. Carvalho afirmou que as mudanças serão possíveis, mas cobrou que o governo federal “diga rapidamente quais são as regras do jogo do BNDES”, que financiaria a construção ou a reforma dos estádios para a Copa. 

“Precisamos saber o que vai acontecer com os empréstimos do BNDES ao setor privado. Qual o tempo de carência? Garantia real ou evolutiva? Quantos anos para pagar? Isso é fundamental” acrescentou. A reforma do Morumbi, cuja previsão de gasto é de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões, será paga pelo São Paulo.

Teixeira exclui Brasília da lista de cidades que podem abrir a Copa – Correio Braziliense – 18/8

Estádio Nacional de Brasília

Estádio Nacional de Brasília

Logo cedo, comentei sobre evento que aconteceu na segunda-feira em São Paulo para a assinatura do contrato de patrocínio do Grupo Pão de Açúcar com a CBF. A imprensa destacou algumas informações, principalmente sobre financiamento público para os estádios. Até mesmo as farras dos jogadores na Copa de 2006 foi destaque.

No entanto, foi em um jornal de Brasília, o mais importante do Distrito Federal (Correio Braziliense) que saiu uma declaração importante do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O mandatário disse que se tudo acontecer como o esperado, a abertura e a final da Copa devem ser realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Teixeira ressaltou que não era um anuncio oficial, já que isso dependia da Fifa. Mas, é importante destacar essa tendência. Se o presidente da CBF diz que isso deve ser o mais provável, não deve ter sido a toa.

A reportagem do jornal procurou o governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, para saber o que ele tinha a dizer do assunto. O mais interessante e importante é que ele afirmou que, caso o DF não receba a abertura ou a final, o investimento será diminuído. Ele fala até mesmo em reduzir a capacidade do estádio para 40 mil pessoas.

Nada impede que o estádio de Brasília seja grandioso e bonito e com a capacidade de 40-50 mil pessoas. Fica até mais fácil tornar a arena rentável no longo prazo. E é por isso que é tão importante que a escolha da cidade de abertura aconteça o quanto antes.

ps. A CBF divulgou uma nota negando que o presidente da CBF tenha feito tal declaração. Um dos motivos foi destacar que o jornal não esteve presente na coletiva. De qualquer forma, chama a atenção o fato do governador ter admitido reduzir a capacdiade do estádio caso isso seja confirmado.

Segue a matéria, que volto a destacar, saiu na imprensa de Brasília:

Ricardo Teixeira exclui Brasília da lista de cidades que podem abrir ou encerrar a Copa de 2014

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, praticamente descartou a possibilidade de Brasília receber a abertura ou o encerramento da Copa do Mundo de 2014. Embora tenha enfatizado que não se tratava de um anúncio formal, o dirigente disse que Rio de Janeiro e São Paulo somente deixarão de receber as duas partidas nobres do Mundial se não conseguirem cumprir o protocolo de intenções da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o que é pouco provável. “Só Rio e São Paulo tiram esses eventos de Rio e São Paulo”, declarou o cartola ontem, durante a cerimônia de assinatura da parceria entre a Seleção Brasileira e seu mais novo patrocinador, o Grupo Pão de Açúcar.

Os locais das partidas de abertura e encerramento da Copa só serão anunciados depois do Mundial do ano que vem, na África do Sul. Porém, desde que as 12 cidades-sedes brasileiras escolhidas pela Fifa foram conhecidas, em maio, Brasília começou a campanha para tirar o privilégio de Rio e São Paulo. Pessoalmente empenhado no projeto, o governador da capital federal, José Roberto Arruda, tentava convencer a CBF de que a estrutura de Brasília traz mais vantagens e benefícios do que o poderio econômico paulistano e as belezas naturais cariocas, principais argumentos dessas cidades para conquistar o direito de realizar os cobiçados jogos.

O governador ficou surpreso ao saber da declaração de Ricardo Teixeira. “Devo dizer que, se não abrirmos os jogos, os investimentos para a Copa vão diminuir. Só para dar um exemplo, o estádio que precisaria ter capacidade para 70 mil pessoas será construído para 40 mil”, explicou.

Infraestrutura
Com a escolha para ser cidade-sede da Copa, Brasília ganhou do GDF uma série de projetos de infraestrutura — não só na área esportiva, mas nos transportes e na segurança pública. Ao todo, são quase R$ 3 bilhões em investimentos diversos, segundo os cálculos iniciais. Entre as obras está a reconstrução do Mané Garrincha que, em princípio, custaria R$ 600 milhões.

De qualquer forma, Arruda preferiu ser diplomático em relação às declarações de Teixeira. “Brasília já está muito feliz de ter sido escolhida como uma das 12 cidades que vão sediar os jogos da Copa. Nós faremos todo o dever de casa para que isso ocorra da melhor forma possível”, ressaltou. “Além da abertura e do fechamento do Mundial, há a Copa das Confederações e, até que se chegue a uma decisão sobre esse assunto, muita água vai correr debaixo da ponte.”

As eleitas
Além de Brasília, receberão jogos do Mundial de 2014: Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.

Morumbi: São Paulo prevê três formas de financiamento – Lance – 18/8

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Mais uma notinha da coluna De Prima do Lance! Fala de três formas possíveis de financiamento das obras para o Morumbi, caso venha a utilizar recursos do BNDES. Pelo que vi da apresentação do Caio Luiz de Carvalho,  da SP Turismo, esse estudo deve fazer parte do plano de viabilidade econômica elaborado pela FGV para o Morumbi.

Segue a nota:

Morumbi: São Paulo prevê três formas de financiamento

O plano de viabilidade econômica do São Paulo para o Morumbi prevê três formas de financiamento através do BNDES. A primeira com prazo de 10 anos. A segunda com carência até a Copa do Mundo no Brasil e amortização em 2024. A terceira para pagamento em 20 anos.