Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14 – FSP – 7/9

A matéria principal da Folha de S. Paulo (claro que de esportes) fala sobre a possibilidade da Fifa excluir até duas cidades sedes até o final deste ano. Essa é uma informação que circula já faz um tempo e eu considero que tem um grande risco de acontecer. E esse risco passa a ser maior levando em consideração que nove dos 12 estádios escolhidos para 2014 são públicos.

O grande problema de ser público é que depende de prazos e burocracias. Para o São Paulo, por exemplo, fazer uma obra no Morumbi, ele contrata uma empresa e pronto. Para o governo de Minas fazer no Mineirão precisa fazer licitação. Isso é um tempo a mais.

Mas, não é só a burocracia que preocupa a Fifa. Ela tá de olho na saúde financeira dos estados e a capacidade de realmente bancar a construção das arenas. Para mim, a construção é até a parte mais fácil.  O problema é o pós-2014. Se a entidade de fato se preocupa com isso, tem muita gente correndo risco de ficar fora.

A única questão que precisa ser levantada para essa matéria é que os estádios modificaram seus projetos na sexta-feira passada. Então, algumas coisas podem ter mudado.

Segue a matéria:

Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14

Atrasos e capacidade financeira devem reduzir a dez as cidades no Mundial

Insatisfeitos com projetos e descrentes quanto ao financiamento, executivos da entidade e organizadores já estudam a mudança
A Copa de 2014 corre risco de encolher. Executivos da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) podem eliminar até duas cidades antes do fim do ano, reduzindo o total de sedes a dez.

O atraso no cumprimento dos prazos exigidos pela Fifa e a desconfiança dos estrangeiros com a saúde financeira dos Estados para bancar as obras são os principais pontos de descontentamento da entidade.
Nenhum dos nove governos estaduais lançou o edital de licitação das obras das arenas do Mundial até a última segunda, como estabeleceu o COL.
Por terem estádios privados, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre estão livres da exigência.
Na sexta-feira, os projetos dos estádios teriam que ser apresentados ao COL. Os documentos foram entregues, mas ainda não foram examinados.
Se considerados insatisfatórios, os projetos podem ser excluídos. As cidades não seriam substituídas e se chegaria a um total anteriormente previsto pela Fifa (que as aumentou para 12 após pressão da CBF).
O número é o mesmo da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Já na África do Sul, local do próximo Mundial, dez cidades abrigarão jogos.
Por causa da série de atrasos, o COL teme um vexame em 28 de fevereiro, data estabelecida para o início das obras nos estádios que vão abrigar o torneio.
A preocupação é com a capacidade financeira de execução das obras de algumas cidades menores. Cuiabá, por exemplo, já mudou o projeto duas vezes em menos de seis meses.
Estádios como os de Natal, Recife e Manaus, que foram apresentados apenas em maquetes, também deixam os organizadores temerosos.
Sem conseguir atrair parceiro privado, o governo do Amazonas já anunciou que bancará sozinho a pesada obra do novo Vivaldão, que terá capacidade para 47 mil pessoas e já foi orçada em R$ 400 milhões.
Os executivos da Fifa também não gostaram de alguns projetos. Pelo menos duas cidades pretendem construir “”puxadinhos” em seus estádios para abrigar os jogos da Copa.
Salvador e Cuiabá apresentaram no mês passado seus projetos com parte da arquibancada sendo desmontada após a realização do campeonato. Os projetos não foram vetados na hora, mas dificilmente deverão emplacar. Nenhum estádio adotou estrutura semelhante nos últimos Mundiais.
Para tentar receber jogos das semifinais da competição, o estádio da Fonte Nova, em Salvador, projetado para 50 mil torcedores, teria um novo setor de arquibancada de estrutura móvel para chegar à capacidade de 60 mil espectadores. Custará cerca de R$ 500 milhões.
Já em Cuiabá, o Verdão terá parte da arquibancada erguida “”em estrutura desmontável”.
Segundo o arquiteto Sérgio Coelho, a estrutura, que existe em competições de futebol de praia organizadas pela Fifa, seria aparafusada no concreto e depois retirada do estádio.
Pelo projeto, o Verdão ficaria com uma capacidade para cerca de 40 mil pessoas durante a competição internacional que seria reduzida após o evento para cerca de 30 mil.
A explicação para encolher o Verdão é que o futebol local não tem capacidade para atrair tantos torcedores. O orçamento é de R$ 440 milhões.

Projeto do Mineirão será modificado – Portal da Copa – 13/8

Projeto do Mineirão

Projeto do Mineirão

Logo que os projetos de todos os estádios das cidades que eram candidatas a sedes da Copa do Mundo de 2014 foram apresentados, parecia que o de São Paulo era muito fraco, que todas as outras cidades estavam apostando alto e que a capital mais importante do país não poderia ter um projeto tão modesto.

Sempre argumentei que duvidada que os estádios seriam iguais aos dos projetos apresentados. Aos poucos isso foi se confirmando. Primeiro foi o Verdão, de Cuiabá, que mudou totalmente o que havia sido proposto. Depois veio o Atlético-PR falando que não tem como fazer as obras dentro das exigências da Fifa. Em Natal já não se sabe se o estádio será mesmo coberto ou não. Na Bahia, a Fonte Nova teve sua capacidade reduzida. Em Recife, a discussão sobre a viabilidade do novo estádio ainda é debatida, com muita gente defendendo a reforma do Arruda.

Bom, agora é a vez do Minieirão ter mudanças. O Portal da Copa informa, nesta quinta-feira, que o projeto de Minas Gerais para a Copa do Mundo teve seu orçamento cortado pela metade. Como nunca foi esclarecido o quanto seria gasto no estádio, fica difícil saber qual será o valor real. Estimo que tenha caído para uns R$ 400 milhões.

Isso sem contar o Maracanã, que até hoje não se sabe se vão demolir os complexos esportivos de atletismo e natação ao lado.

Repare que estou falando de sete projetos que ainda estão incertos. Ainda tem o Vivaldão em Manaus e o Mané Garricha, em Brasília. Nesses se discute a necessidade de se gastar tanto dinheiro para onde não tem times na elite do futebol. Sei que existe preocupação com o prazo de obras em Fortaleza. Certamente também devem existir problemas para o Beira-Rio.

O que fica claro com isso é que os estádios vão ser readequados para a realidade do Brasil. Podemos ter o melhor futebol do mundo, podemos ser uma das nações que vão mais se desenvolver nos próximos anos… Mas as coisas não mudam da noite para o dia.

Confira a nota do Portal da Copa

Projeto do Mineirão será modificado

Elegante e conciso, o projeto do arquiteto Gustavo Penna para a reformulação do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, está passando por alterações pesadas em função do corte na verba destinada pelo governo de Minas Gerais para as obras da Copa de 2014. A revelação foi feita pelo próprio arquiteto, ontem, em São Paulo, no teatro da Aliança Francesa, durante evento de lançamento de livro sobre sua obra.

“A verba foi cortada pela metade, e tivemos que eliminar toda uma série de equipamentos que o projeto previa, e que seriam muito úteis para o povo de Belo Horizonte depois da Copa. É uma pena, mas a crise econômica mundial afetou muito a indústria de mineração, que é um dos pilares da economia do estado”, explicou Penna.

(Marcos de Sousa)

Painel FC – Folha de S. Paulo – 13/8

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Arena das Dunas, Natal (RN)

Mais uma do BNDES para abrir a quinta-feira. Saiu na Folha de S. Paulo, mais uma vez na coluna Painel FC. Ela fala sobre um suposto movimento das cidades-sedes da Copa de 2014 em buscar um tipo de empréstimo diferente no BNDES, que passariam a ser pagos somente depois de 2014 e teria os estádios como parte de garantia.

Em um primeiro momento, a idéia parece bastante absurda, pelo favorecimento dos envolvidos. Mas, vale lembrar que apenas três sedes são de clubes e não pertencem ao poder público. Os clubes seriam os maiores beneficiados caso isso seja aprovado e causaria uma certa polêmica, além de uma “ciumeira”.

Essa á uma alternativa que precisa ser estudada. Caso as cidades não consigam recursos na iniciativa privada para financiar suas obras, alguma coisa precisa ser feita. Não estou sugerindo o uso de recursos públicos diretamente, mas é importante viabilizar a Copa. O retorno financeira para a cidade, como é comprado com a Fórmula 1 em São Paulo, é alto. Talvez valia a pena.

Segue a nota

Sugestão

Cidades-sedes da Copa-14 querem propor ao BNDES algumas características especiais no financiamento, como carência até 2014 e garantia evolutiva: começar a pagar só no ano do Mundial e oferecer os estádios, quando já prontos, como garantia.

Painel FC – Folha de S. Paulo – 10/8

Eu já comentei aqui que sou meio receoso sobre o que falam de Copa verde, de Copa da sustentabilidade. Ainda mais em um momento que em clubes e estados estão buscando maneiras de viabilizar economicamente seus estádios.

Claro que é importante pensar em reduzir ao máximo os impactos ambientais das obras e dos novos empreendimentos no contexto das cidades. Mas, como já foi visto, tudo isso pode sair muito caro. Seja para aproveitamento de energia solar ou para a captação de água de chuva na cobertura.

Agora, a Folha de S. Paulo desta segunda-feira (10) fala na coluna Painel FC de um “selo” de certificação para os estádios que vão participar da Copa do Mundo. Isso daria um retorno de imagem grande para o Brasil, basta saber se isso também pode atrair investidores.

Confira a nota da Folha de S. Paulo

Copa verde

O comitê organizador da Copa-14 recomenda que os estádios do Mundial sejam certificados pelo Leed, sistema de classificação de edificações por critérios de sustentabilidade da ONG USGreen Building Council. Em comunicado às cidades-sede, na semana passada, o consultor de estádios do comitê, Carlos de la Corte, orientou-as para que a emissão de carbono seja amenizada nas obras por 2014. Segundo o texto, o Brasil seria então o primeiro país a ter toda a estrutura da Copa certificada pela Leed, servindo de exemplo.

Matérias da Folha de 7/8

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A edição desta sexta-feira (7) da Folha de S. Paulo traz mais ou menos as informações parecidas com o que tinha no O Estado de S. Paulo da véspera. Uma grande diferença é que o próprio BNDES já teria falado com as cidades para que apresentem projetos mais modestos, que seriam mais viáveis e que assim o banco poderia financiar.

A preocupação com essa situação também é da CBF, que considera alguns projetos muito caros. Uma das notícias da Folha fala justamente sobre a necessidade de ter cobertura nos estádios, já que somente é exigida para as partidas de abertura e encerramento da Copa do Mundo.

Com as cidades aceitando rever seus projetos, podem ter certeza de que o Morumbi acabrá sendo um dos melhores. É muito fácil fazer um mega-projeto em 3D, usando computação gráfica e jogando o preço lá no chão. Isso impressiona e faz parecer que um é melhor que o outro. Mas a realidade é diferente.

Sobre a cobertura dos estádios, ela deveria ser exigida mais para os estados onde fará mais frio durante a Copa do Mundo, como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O fato que cobrir o estádio, além de ser caro tanto para obra quanto para a manutenção gera uma série de gastos adicionais. Um dos problemas é diminuir a incidência de sol, que prejudica consideravelmente o gramado. Outro problema que pode aparecer é o menor aproveitamento da luz natural, fazendo necessário o uso de iluminação mais cedo do que sem a cobertura. Seguem as matérias da Folha:

CBF, agora, admite Copa mais barata

Governo federal e BNDES tentam reverter crescimento do custo dos estádios, que, em média, já ultrapassa R$ 400 mi

Estados vão fazer revisão de projetos e podem excluir coberturas e acessórios, mas revelam temor de não atender exigências da Fifa

Os cofres públicos estão abertos para as reformas de estádios que abrigarão a Copa de 2014. Como consequência, o governo federal e o BNDES iniciaram pressões por reduções de custos nos projetos dos Estados. Tentam inverter uma tendência de alta nos gastos.

A CBF decidiu corroborar a política de diminuir essas despesas. Fez isso após seu presidente, Ricardo Teixeira, mudar seu discurso e prever dinheiro público para as arenas.

Até agora, o orçamento só cresceu. A estimativa inicial da CBF, exposta em documento entregue à Fifa em 2007, era de US$ 1,1 bilhão (R$ 2 bilhões) para gastos com arenas. O custo médio seria de R$ 167 milhões.

Esse valor quase dobrou quando as 17 cidades candidatas anunciaram seus orçamentos e teve novo incremento quando foram escolhidas as 12 sedes. Agora, o custo médio já ultrapassa R$ 400 milhões.

Nesta semana, técnicos do BNDES conversaram com comitês das cidades-sedes sobre possível linha de financiamento para as reformas das praças esportivas. Aos projetos mais caros sugeriram reduções.

“O BNDES apresentou uma possibilidade de redução dos custos. Claro que está de olho na viabilidade. O problema é como fazer. Nossas adequações do estádio foram feitas de acordo com a Fifa”, afirmou o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Nilton Vasconcelos.

O projeto de reforma da Fonte Nova custa R$ 550 milhões, um acréscimo de R$ 150 milhões sobre o orçamento na época da candidatura.

Representantes do Amazonas confirmam o pedido do BNDES de redução de custo do projeto para o Vivaldão, que pode chegar a R$ 600 milhões.

“A meta é reduzir. O Estado terá que fazer um aporte inicial para cobrir um ano de obras. Depois, queremos participação da iniciativa privada”, contou o secretário estadual de Planejamento, Denis Minev.

O Estado já pensa em excluir a cobertura do Vivaldão e reformas viárias em seu entorno. A meta é aproximar o custo a R$ 400 milhões, aparentemente o limite almejado pelo governo para estádios “básicos”.

O projeto do Castelão, nesse patamar, não sofreu pedido de diminuição na reunião com o banco. No caso do Ceará, contribuiu o fato de o BNDES preferir financiar empresas privadas -o Estado quer uma PPP (parceria público-privada).

“Mas o Ceará está em um estágio diferente: não temos nível de endividamento alto. Então, podemos pegar o financiamento [do BNDES] se for necessário”, disse o secretário estadual de Esporte, Ferrucio Feitosa.

Oficialmente, a assessoria do BNDES não comentou as reuniões com os Estados, pois a linha de crédito ainda está em discussão. Mas os pedidos de cortes de custo e a preferência pela iniciativa privada são práticas comuns do banco.

Já o Ministério do Esporte disse ter orientado os Estados para reduções. “Precisamos rever coisas como cobertura e estádios com capacidade superior a 50 mil pessoas. A Fifa só exige isso para os jogos de abertura e encerramento”, declarou o ministro Orlando Silva Júnior à Folha. “O BNDES pode exigir que exista um investidor privado, e não só sugerir.”

A CBF, por meio da assessoria, disse que “é até um desejo da Fifa que as despesas diminuam”, mas ressaltou que não pode interferir nos projetos.

Requintada e cara, cobertura vira maior alvo

A função principal delas é evitar que os torcedores se molhem em dias de chuva. Mas, com projetos rebuscados e caros, viraram alvo preferencial de quem defende corte nos custos dos estádios para a Copa de 2014.
As coberturas das arenas -todos os 12 estádios escolhidos para o Mundial projetaram uma- estão na berlinda. Não sem motivos.

Grande cartão-postal dos projetos dos arquitetos na construção de estádios, elas podem representar 20% do custo total da obra. É o caso, por exemplo, da Fonte Nova.

A cobertura do estádio baiano está orçada em R$ 100 milhões, ou quase o dobro do que custou o novo estádio soteropolitano do Pituaçu, que vai abrigar jogo da seleção brasileira pelas eliminatórias em setembro.

Ela é inspirada no estádio de Hannover, uma das sedes da Copa da Alemanha. No projeto, segundo a descrição de um dos autores, um “sistema de raios e anéis semelhantes, recoberto por uma membrana tensionada de cor branca, leve”.

No Morumbi, a cobertura pode representar praticamente a metade do custo total da sua remodelação.

Mais rebuscado ainda é o plano para a cobertura do novo Vivaldão, em Manaus.

Segundo seus projetistas, a cobertura “combina linhas do trançado de um cesto de palha com o de peles de cobras e lagartos amazônicos”.

A preocupação com a cobertura é tanta que elas podem até receber projetos separados do resto do estádio, como no caso de Brasília, que repassou essa missão a um renomado escritório de arquitetura alemão.

Além dos custos diretos de suas edificações, as coberturas podem causar outros gastos. É o caso do Maracanã.

O provável palco da final do Mundial planeja a instalação de placas para absorver energia solar numa superfície de 23 mil metros quadrados na cobertura do estádio.

Só as placas podem custar quase R$ 50 milhões, e não existe a certeza de que esse valor possa ser recuperado com a economia no uso de energia elétrica. (PC E RM)

São Paulo diz ser o 1º a iniciar obras – O Estado de S. Paulo – 6/8

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Essa é a matéria que originou a nota que divulguei na parte da manhã do Diário de Maringá. É uma forma do São Paulo falar que já está fazendo as modificações necessárias pedidas pela Fifa para a Copa do Mundo de 2014.

No entanto, se a declaração de Julio Casares, nosso vice-presidente de marketing, não é totalmente verdadeira, não é também falsa. Falo isso pelos estádios particulares, que estão sempre em constante atualização. Obras de modernização são constantes no Beira-Rio e também na Arena da Baixada.

O estádio do Atlético-PR está em obras também. Estão na fase final do complemento do anel inferior. No entanto, apesar de ser também visando a Copa, o projeto era previsto desde o início, muito antes da escolha do Brasil pela Fifa. O próprio presidente do clube já declarou que essas obras são as que o clube faria de qualquer forma.

A diferença do que está sendo feito agora no Morumbi, a elevação da altura do anel inferior, já faz parte de uma das exigências da Fifa. As obras em todo o anel (que começou no setor azul e depois será no vermelho) devem durar um ano.

O que me chamou a atenção na matéria é o quadrinho que fala sobre as mudanças no projeto. Aí eu não sei se ocorreram novas modificações, ou se o erro foi do repórter ou até mesmo do Casares. O que se sabe é que o setor de imprensa e a área VIP, a pedido da Fifa, seriam transferidos para o anel superior, e não intermediário.

Confira a matéria em PDF, também da SP Turismo.

Entrevista Ricardo Texeira – Estadão e Folha – 5/8

rt e dunga

Tem gente ainda que insiste em dizer que o São Paulo quer recursos públicos para a Copa do Mundo de 2014. E o pior, tem gente que “acredita” que a cidade precisa de um outro estádio e que  a prefeitura e o estado deveriam erguer uma arena “com dinheiro da iniciativa privada”.
Na terça-feira, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira deu uma entrevista para os jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. E ele falou o que todos já sabiam: os estádios públicos vão precisar (todos) de dinheiro público. Somente os particulares (Morumbi, Beira-Rio e Arena da Baixada) não devem usar.

Curiosamente, O Globo não colocou como destaque o fato do uso do dinheiro público, somente os jornais paulistas.

Segue a matéria que saíram. Vou colocar a que saiu em cada um dos jornais, por isso o post será longo. Para acessar, clique abaixo.

ps: Deixei somente a parte sobre o uso de dinheiro público

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São Paulo e BNDES se reúnem nesta segunda-feira – Blog do Birner

bndes

O blog do Birner publicou na tarde de domingo (2) o que já havia saído no Lance na semana passada. Ele deu alguns detalhes de como será o encontro do São Paulo com BNDES na manhã desta segunda (3).

O interessante é que todas as cidades contempladas como sedes para a Copa de 2014 foram chamadas para um encontro semelhante. A grande diferença é que São Paulo, Curitiba e Porto Alegre são cidades que terão estádios particulares na Copa do Mundo. E isso faz muita diferença.

Só não sei como será essa relação de clubes com um empréstimo público. O passado mostra que as agremiações, principalmente no futebol, não são as melhores pagadoras. Por outro lado, os estádios são de clubes considerados exemplos de boa gestão e que tiveram lucro em seu balanço financeiro nos últimos anos.

Só que 15 anos parece um prazo muito apertado. Se o São Paulo pegar R$ 300 milhões (para exemplificar, vou fazer a conta sem juros) teria de pagar R$ 20 mi por ano. Isso é muita coisa. O clube precisaria por muito tempo comprometer uma boa parte de seu orçamento. Então, o prazo deve ser bem maior do que isso.

Outra saída é elevar consideravelmente as receitas do clube. Pelo o que ouvi de uma entrevista do Juvenal Juvêncio na Rádio Globo, o clube receberá este ano R$ 11 milhões a mais do que no ano passado das receitas de PPV. Novos patrocinadores, parceiros, shows, etc. Tudo isso precisa aumentar para ter um faturamento superior a R$ 200 milhões para que não pese demais nas contas.

Uma hipótese que parece possível é que o São Paulo esteja usando o aval do BNDES para poder apresentar para a FIFA, ou está servindo de intermediário para que seus parceiros privados tenham recursos para investir no estádio.

São Paulo e BNDES se reúnem nesta segunda-feira

O assunto é o financiamento que o clube pedirá para reformar o Morumbi.

O encontro será ás 10hs no Ministério do Esporte e terá a participação também de representantes do Governo do Estado e da prefeitura.

O clube foi convocado para a reunião pelo Ministro Orlando Silva.

Outras 11 cidades que receberão as partidas da Copa do Mundo também foram chamadas para reuniões com o BNDES nos próximos 2 dias.

As que contam com estádios públicos oferecem a conta tributo (governo federal repassa os tributos ao governo estadual diretamente) como garantia.

Mas São Paulo, Internacional e Atlético PR precisam provar que podem pagar o financiamento com receitas próprias, o que é bem mais complicado.

O que diz o São Paulo?

Pedirá entre entre 250 e 300 milhões (a obra está estimada em 135 milhões mais o valor da cobertura que é de cerca de 120 milhões)

Representantes do clube dizem já ter as garantias necessárias para oferecer ao BNDES de contrapartida.

Se baseiam nas receitas do Morumbi. O estádio deu lucro de R$ 16 milhões ano passado.

Nesta conta, não estão inclusas as rendas dos jogos ou qualquer receita do time de futebol.

A locação de camarotes, lojas temáticas, restaurante, e do estádio para shows foram responsáveis pelo sucesso financeiro do espaço.

No plano, está prevista a construção de mais camarotes, lojas e até uma academia de ginástica.

De acordo com o próprio São Paulo, este lucro será elevado para 30 milhões anuais.

É em cima deste valor que fez a conta.

O BNDES costuma pedir que os financiamentos sejam pagos em 15 anos.

O São Paulo tentará aumentar o prazo.

Confira no site

União dos estádios particulares da Copa

Imagem do projeto da Arena da Baixa, em Curitiba

Imagem do projeto da Arena da Baixa, em Curitiba

Notinha interessante que saiu no site Furacao.com. É um dos principais sites não-oficiais de clubes já faz muitos anos. Ela mostra uma coisa interessante que é essa troca de informações e experiências entre os três únicos clubes que terão um estádio na Copa. Isso porque as outras arenas utilizadas serão públicas.

É uma medida inteligente, já que são clubes envolvidos em projetos e que se preocupam com a rentabilidade no futuro. Será por acaso que estes são três dos clubes mais organizados do país? Eu coloco o Cruzeiro nesse grupo, mas ele não tem estádio próprio. E não acho que seja o caso de ter com a “mãe” que tem sido o governo de Minas cobrando valores irrisórios para aluguel do Mineirão.

Atlético, São Paulo e Inter trocam experiências para Copa

O presidente do Conselho Administrativo do Atlético, Marcos Malucelli, informou que o clube vem fazendo um trabalho conjunto com as diretorias do São Paulo e do Internacional para a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014. Das 12 cidades indicadas para receber jogos da Copa de 2014, apenas Curitiba, Porto Alegre e São Paulo indicaram estádios particulares para receber os jogos – os demais são públicos.

“Estamos trabalhando em conjunto com os presidentes do São Paulo e do Internacional, já que, somados à Arena, são os três estádios particulares indicados para a Copa do Mundo. Os demais são públicos. Por isso, vamos manter diálogos permanentes e trocas de ideias visando uma solução em conjunto”, disse Malucelli.