Sobre o que falaram hoje do Morumbi

morumbinoturno

Bom, só pelos acessos do site, um altíssimo número de ingressos diretos, já dá para saber que todo mundo veio procurara aqui informações sobre o Morumbi. Depois que tomei conhecimento da matéria, fiz diversos telefonemas. Falei com gente do São Paulo e também com o Caio Luiz de Carvalho, da SP Turismo.

O Caio estava muito ocupado resolvendo uma série de problemas com enchentes lá no Anhembi. O que está chovendo esse ano não é brincadeira.

Independentemente do que foi dito pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, a gente precisa fazer uma avaliação. O primeiro de tudo, será que é ético ele sair falando assim de um projeto específico e de forma tão pejorativa? Ele teria que falar de forma mais genérica dos problemas dos diversos estádios, que as soluções foram sugeridas, que isso e aquilo.

Essa bagunça toda que Valcke (que esteve no Morumbi uma única vez em 2007 e por 20 minutos) gerou fez com que o São Paulo divulgasse parte das mudanças que serão feitas no Morumbi.

Pelo que entendi do documento, vai ser erguido um novo edifício dentro da área do clube (para quem conhece, no acesso do Memorial, Salão Nobre, geral vermelha e edifício garagem) para os vestiários, zona mista, áreas VIP e VVIP, estúdios de TV e etc. Imagino que farão o túnel de acesso ao gramado central,  em nível no centro da geral vermelha.

Vale lembrar que o próprio presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já disse as obras do entorno precisam ser feitas. Ele até usou o exemplo que não dá para trazer autoridades para o Morumbi na forma atual. Que é, inclusive, uma das reclamações do secretário da Fifa.

Vou lembrar também que primeiro ele disse que o Morumbi não tinha visibilidade nenhuma. Depois ele sugeriu que o estádio fechasse por dois anos e reconheceu que soluções do entorno poderiam ser em áreas privadas e temporárias. Agora o problema vira o entorno.

Como não tenho provas, não povo falar sobre as teorias que tenho. De qualquer forma, segue agora o comunicado oficial do São Paulo com o documento anexo do Comitê Organizador de São Paulo.

COMUNICADO OFICIAL

Em relação à matéria veiculada na edição de 8 de setembro de 2009 do “Globo Esporte” da Rede Globo de Televisão, o São Paulo Futebol Clube vem prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – No último dia 4 de setembro, a Candidatura Paulista apresentou uma série de alterações e acréscimos ao Projeto de Reforma do Estádio do Morumbi e Adequações do Entorno para a Copa do Mundo de 2014, conforme as recomendações que foram feitas pela FIFA/COL no Segundo Seminário das Cidades-Sede realizado em 21 de agosto de 2009 no Rio de Janeiro.

2 – O São Paulo Futebol Clube anexa nesta oportunidade o teor do Ofício DPR 153, por meio do qual o Presidente do Comitê Paulista para a Copa de 2014 – Dr. Caio Luis de Carvalho – apresenta detalhes sobre as novas plantas e os outros elementos que foram enviados para FIFA/LOC no último dia 4 de setembro.

3 – Como as alterações foram submetidas à FIFA/LOC, juntamente com os projetos enviados pelas outras onze cidades-sede, somente no final da tarde da última sexta-feira, o São Paulo Futebol Clube acredita que as declarações atribuídas ao Sr. Jerome Valcke conforme veiculadas no Globo Esporte teriam sido feitas sem que o mesmo tivesse tido tempo para conhecer e bem avaliar aspectos fundamentais do Projeto atual do Estádio do Morumbi e do seu entorno.

4 – O São Paulo Futebol Clube está absolutamente seguro de que o Projeto apresentado em 4 de setembro atende sobremaneira todas as exigências oficialmente formuladas pela FIFA/COL, inclusive contando com a alocação de área suficiente em parte da área social do Clube e na nova conformação da Praça Roberto Gomes Pedrosa para acomodação das Vilas de Hospitalidade VIP, VVIP, Parceiros Comerciais e Unidades Móveis de TV.

5 – De toda forma, o Clube reitera sua disposição em atender, em tudo o que estiver ao seu alcance, a todas as novas exigências que vierem a ser formuladas pela FIFA/COL com vistas à realização da Cerimônia de Abertura, Jogo Inaugural e o Congresso da FIFA da Copa do Mundo de 2014 no Estádio do Morumbi

6. – O São Paulo Futebol Clube coloca-se, inclusive, à disposição para que o Sr. Jerome Valcke venha, assim que entender conveniente, visitar a Cidade de São Paulo para conhecer in loco as instalações do Estádio do Morumbi, a área do seu entorno e tudo mais relacionado ao Projeto da Cidade de São Paulo para a Copa do Mundo de 2014.

COMITÊ EXECUTIVO MORUMBI 2014

Adalberto Baptista                              José Francisco C. Manssur

Doc SPTuris1

Doc SPTuris 2

Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14 – FSP – 7/9

A matéria principal da Folha de S. Paulo (claro que de esportes) fala sobre a possibilidade da Fifa excluir até duas cidades sedes até o final deste ano. Essa é uma informação que circula já faz um tempo e eu considero que tem um grande risco de acontecer. E esse risco passa a ser maior levando em consideração que nove dos 12 estádios escolhidos para 2014 são públicos.

O grande problema de ser público é que depende de prazos e burocracias. Para o São Paulo, por exemplo, fazer uma obra no Morumbi, ele contrata uma empresa e pronto. Para o governo de Minas fazer no Mineirão precisa fazer licitação. Isso é um tempo a mais.

Mas, não é só a burocracia que preocupa a Fifa. Ela tá de olho na saúde financeira dos estados e a capacidade de realmente bancar a construção das arenas. Para mim, a construção é até a parte mais fácil.  O problema é o pós-2014. Se a entidade de fato se preocupa com isso, tem muita gente correndo risco de ficar fora.

A única questão que precisa ser levantada para essa matéria é que os estádios modificaram seus projetos na sexta-feira passada. Então, algumas coisas podem ter mudado.

Segue a matéria:

Fifa pode excluir até duas sedes da Copa-14

Atrasos e capacidade financeira devem reduzir a dez as cidades no Mundial

Insatisfeitos com projetos e descrentes quanto ao financiamento, executivos da entidade e organizadores já estudam a mudança
A Copa de 2014 corre risco de encolher. Executivos da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local) podem eliminar até duas cidades antes do fim do ano, reduzindo o total de sedes a dez.

O atraso no cumprimento dos prazos exigidos pela Fifa e a desconfiança dos estrangeiros com a saúde financeira dos Estados para bancar as obras são os principais pontos de descontentamento da entidade.
Nenhum dos nove governos estaduais lançou o edital de licitação das obras das arenas do Mundial até a última segunda, como estabeleceu o COL.
Por terem estádios privados, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre estão livres da exigência.
Na sexta-feira, os projetos dos estádios teriam que ser apresentados ao COL. Os documentos foram entregues, mas ainda não foram examinados.
Se considerados insatisfatórios, os projetos podem ser excluídos. As cidades não seriam substituídas e se chegaria a um total anteriormente previsto pela Fifa (que as aumentou para 12 após pressão da CBF).
O número é o mesmo da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Já na África do Sul, local do próximo Mundial, dez cidades abrigarão jogos.
Por causa da série de atrasos, o COL teme um vexame em 28 de fevereiro, data estabelecida para o início das obras nos estádios que vão abrigar o torneio.
A preocupação é com a capacidade financeira de execução das obras de algumas cidades menores. Cuiabá, por exemplo, já mudou o projeto duas vezes em menos de seis meses.
Estádios como os de Natal, Recife e Manaus, que foram apresentados apenas em maquetes, também deixam os organizadores temerosos.
Sem conseguir atrair parceiro privado, o governo do Amazonas já anunciou que bancará sozinho a pesada obra do novo Vivaldão, que terá capacidade para 47 mil pessoas e já foi orçada em R$ 400 milhões.
Os executivos da Fifa também não gostaram de alguns projetos. Pelo menos duas cidades pretendem construir “”puxadinhos” em seus estádios para abrigar os jogos da Copa.
Salvador e Cuiabá apresentaram no mês passado seus projetos com parte da arquibancada sendo desmontada após a realização do campeonato. Os projetos não foram vetados na hora, mas dificilmente deverão emplacar. Nenhum estádio adotou estrutura semelhante nos últimos Mundiais.
Para tentar receber jogos das semifinais da competição, o estádio da Fonte Nova, em Salvador, projetado para 50 mil torcedores, teria um novo setor de arquibancada de estrutura móvel para chegar à capacidade de 60 mil espectadores. Custará cerca de R$ 500 milhões.
Já em Cuiabá, o Verdão terá parte da arquibancada erguida “”em estrutura desmontável”.
Segundo o arquiteto Sérgio Coelho, a estrutura, que existe em competições de futebol de praia organizadas pela Fifa, seria aparafusada no concreto e depois retirada do estádio.
Pelo projeto, o Verdão ficaria com uma capacidade para cerca de 40 mil pessoas durante a competição internacional que seria reduzida após o evento para cerca de 30 mil.
A explicação para encolher o Verdão é que o futebol local não tem capacidade para atrair tantos torcedores. O orçamento é de R$ 440 milhões.

Mais mudanças no Morumbi – Estadão -5/9

Feriado prolongado e não fui viajar. Fiquei em São Paulo mesmo, mas acabei não atualizando o blog no final de semana. Nesses dias tivemos algumas notícias e vou falar sobre elas agora.

No sábado sai uma notinha no O Estado de S. Paulo. José Francisco Mansur, diretor jurídico do São Paulo, falou que o clube entregou ao Comitê Organizador Local (COL) as mudanças no projeto do Morumbi. Segundo ele, novas mudanças devem ser pedidas, que é uma coisa normal. Esses novos pedidos devem vir só depois da Copa de 2010.

Segue a nota (digitada, porque não consegui escanear):

Mais mudanças no Morumbi

O Comitê de São Paulo para a Copa-2014 cumpriu a determinação da Fifa e enviou ontem prazo-limite, todas as modificações solicitadas pelos inspetores da entidade para o projeto do Morumbi. Essa exigência foi feita durante o seminário realizado há duas semanas num hotel da Barra da Tijua, zona oeste da cidade.

O comitê paulista mandou a planta com as alterações, mas reconheceu que o Morumbi ainda passará por outras avaliações até estar apto a receber os jogos do Mundial e, certamente, sofrerá outras intervenções. “Vão vier outras recomendações depois da Copa de 2010 (na África do Sul) e o mais importante é atender as exigências”, disse José Francisco Manssur, membro do comitê paulista. Bruno Lousada.

Matéria do Estadão, agora um pouco maior

oespSó para completar o que foi publicado mais cedo. Essa é a matéria que sairá no Estado de S. Paulo de sábado (22). É basicamente a mesma coisa que publiquei mais cedo, só que com alguns detalhes adicionais. Por exemplo, pelo que foi publicado, o estádio não é problema mais para Fifa e sim a área para hospitalidade.

Consegui conversar com o Caio Luiz de Carvalho, da SP Turismo, por e-mail no final da sexta-feira. Ele fez só um rápido comentário, de que as exigências da Fifa vão além do que  consta no caderno de encargos e que a reunião havia sido muito boa, pois deu tempo da entidade informar todas as exigências.  As mudanças devem ser apresentadas até o dia 4 de setembro, se o prazo não for estendido.

Confira a matéria do Estadão:

Fifa faz série de exigências para a reforma do Morumbi

O projeto do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014 já foi alvo de críticas da Fifa durante o congresso de anúncio das 12 cidades-sede, nas Bahamas, em maio. Nesta sexta-feira (21), durante seminário realizado num hotel do Rio de Janeiro, uma comitiva da entidade máxima do futebol mundial fez uma série de exigências aos responsáveis pelo Comitê de São Paulo para o Mundial. Especialmente em relação ao setor destinado à imprensa, áreas VIPS e zonas de hospitalidade destinadas aos patrocinadores da Fifa e ao público que vier pela empresa de turismo da entidade internacional.

“Foram apontadas todas as correções que temos de fazer, desde as adequações ao espaço da imprensa até a questão da hospitalidade. Esta despertou preocupação da Fifa”, disse Caio Luiz de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo (SP Turis) e coordenador do projeto paulista para a Copa. “A área que eles exigem (para as zonas de hospitalidade) é de 85 mil metros quadrados. Já temos 35 mil metros quadrados dentro do clube para isso. Vamos arrumar alternativas”, prometeu.

Até 4 de setembro, o comitê paulista tem de enviar para a Fifa a planta com todas as alterações solicitadas nesta sexta. “Resta fazer a lição de casa e apostar que o São Paulo vai fazer tudo que está prometendo. O que foi pedido (no seminário) é possível de se concretizar”, disse Carvalho. Ele cobrou que o governo federal “diga rapidamente quais são as regras do jogo do BNDES”, que financiaria a construção ou a reforma dos estádios para a Copa. “Se é verdade que não queremos recursos públicos, existem investidores privados que querem investir no estádio. Mas, para isso, eles precisam conhecer as regras do jogo”, afirmou.

“Precisamos saber o que vai acontecer com os empréstimos do BNDES ao setor privado. Qual o tempo de carência? Garantia real ou evolutiva? Quantos anos para pagar? Isso é fundamental”, acrescentou. A reforma do Morumbi, cuja previsão de gasto é de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões, será paga pelo São Paulo.(AE)

Como fica o entorno do estádio em jogo de Copa?

Durante uma partida de Copa do Mundo, as ruas do entorno de um estádio são totalmente fechadas para a circulação de veículos. Podendo passar por lá, e por caminhos específicos somente os moradores da região (previamente cadastrados).

A idéia é facilitar a circulação de pessoas. Chegar perto do estádio sem ingresso é praticamente impossível. Existe um controle bastante rigoroso. Em geral, a Fifa faz bloqueios a partir de um raio de dois quilômetros do estádio.

Trabalhei em 2007 com Erich Beting, na Máquina do Esporte. Ele é meu amigo pessoal e esteve na Copa do Mundo em 2006, na Alemanha. Conversei com ele um pouco sobre as estruturas dos estádios na Copa. E ele contou o que eu já imaginava. Boa parte da estrutura, mesmo nos estádios mais modernos, é montada de forma temporária. A sala de imprensa é totalmente improvisada em acessos a setores dos estádios.

Faz algum tempo publiquei aqui um desenho de uma perspectiva artística do projeto do Morumbi. Muita gente reparou e comentou comigo sobre várias tendas que existem próximas ao estádio. Como eu disse, ali são espaços para patrocinadores da entidade realizarem ações com o público. Há também lojas de produtos oficias da Copa. Nessa área, só se vende o que a Fifa permite.

O Erich me mandou duas fotos que servem de exemplo. A primeira delas é de uma tenda da MasterCard, que era patrocinadora da Fifa (agora é a Visa). Nesse local é possível tirar uma foto com nomes como Pelé, Junger Klinsmann e Tim Howard. Na verdade, eles não estão lá, é uma montagem mesmo. A outra é uma da Emirates, também com agradinhos para os torcedores.

As fotos foram tiradas pelo próprio Erich, antes da partida Brasil e França, em Dortmund

MasterCard

MasterCard

Emirates

Emirates

Morumbi: São Paulo prevê três formas de financiamento – Lance – 18/8

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Mais uma notinha da coluna De Prima do Lance! Fala de três formas possíveis de financiamento das obras para o Morumbi, caso venha a utilizar recursos do BNDES. Pelo que vi da apresentação do Caio Luiz de Carvalho,  da SP Turismo, esse estudo deve fazer parte do plano de viabilidade econômica elaborado pela FGV para o Morumbi.

Segue a nota:

Morumbi: São Paulo prevê três formas de financiamento

O plano de viabilidade econômica do São Paulo para o Morumbi prevê três formas de financiamento através do BNDES. A primeira com prazo de 10 anos. A segunda com carência até a Copa do Mundo no Brasil e amortização em 2024. A terceira para pagamento em 20 anos.

Entrevista exclusiva: Caio Luiz de Carvalho

Caio Luiz de Carvalho, falou com exclusividade para o blog Morumbi 2014

Caio Luiz de Carvalho, falou com exclusividade para o blog Morumbi 2014

Conforme prometido, fiz na segunda-feira (17) uma entrevista com Caio Luiz de Carvalho, presidente da SP Turismo e coordenador do comitê paulista da Copa de 2014. Em uma rápida conversa, ele passou algumas informações importantes sobre o projeto da cidade de São Paulo para a Copa do Mundo.

Nessa conversa, o foco foi as obras necessárias na cidade para que o Morumbi seja escolhido como o estádio para a abertura da Copa em 2014. Mais para frente, faremos novas entrevistas como os envolvidos em projetos específicos e, principalmente, na reforma do Morumbi.

Como o momento é de definição, a reunião dos representantes de São Paulo com a Fifa será na sexta-feira dia (21), e o prazo final para a entrega dos documentos é dia 31 de agosto, algumas coisas ainda podem mudar. Por isso que outras entrevistas devem ser feitas após a data-limite.

Bom, para quem não conhece, Caio Luiz de Carvalho é formado em Direito pela Universidade de São Paulo e atua na área do turismo desde 1983. Foi ministro do Esporte e Turismo no governo do presidente Fernando Henrique, presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), presidente eleito do Conselho Executivo da Organização Mundial de Turismo, além de Secretário Nacional de Turismo e Serviços do Ministério da Indústria do Comércio e do Turismo,.

Desde 2005 é Diretor Presidente da São Paulo Turismo S/A, empresa de economia mista com participação majoritária da prefeitura municipal de São Paulo. É o coordenador do Comitê Executivo dos trabalhos para realização em São Paulo da Copa do Mundo de 2014. Acumula a Presidência do Conselho Municipal de Turismo (ComTur).

Confira a entrevista:

Morumbi 2014: Em que estágio está o projeto que a cidade de São Paulo vai entregar para a Fifa?

Caio Luiz de Carvalho: O escritório Ruy Ohtake está finalizando o projeto básico que deve ser entregue a Fifa no dia 31 de agosto. A adequação do estádio do Morumbi para a Copa compreende três grandes setores:

– Arquitetura e Engenharia;
– Instalações elétricas, hidráulicas, automação de equipamentos, melhorias para gerar conforto ao público, etc.
– Cobertura do estádio

Na próxima sexta-feira, dia 21, O São Paulo Futebol Clube levará esta versão quase finalizada para a reunião com representantes da Fifa. É uma oportunidade importante para conferir as soluções apresentadas para logística de acesso e circulação do público, bem como o posicionamento das estruturas principais (áreas de hospitalidade, imprensa e facilidades operacionais)

Morumbi 2014: Como funciona o estudo da mobilidade no entorno do Morumbi? O que tem sido feito?

CLC: O estádio do Morumbi, como bem sabemos, está localizado em área totalmente urbana, e, portanto as soluções de mobilidade são diferenciadas. A Fifa exige cerca de 11 mil vagas de estacionamento ou transporte público de massa. No caso do Morumbi, esse transporte está garantido com a estação do metrô a mil metros do estádio e também com a logística de ônibus e bolsões de estacionamento nos moldes do que a CET e SPTrans organizam para o GP Brasil. Esse estudo está sendo detalhado no momento.

O que posso adiantar é que a mobilidade no entorno do Morumbi para Copa será muito melhor do que a de hoje, para eventos do mesmo porte. Não só graças a obra do Metrô mas também pelas soluções de estacionamento em estudo para o entorno e logística de acesso do público a pé, praticamente feito de forma exclusiva pela Avenida Jorge João Saad, respeitando uma faixa para trânsito dos moradores e acesso emergencial.

O estudo de mobilidade no entorno inclui o prolongamento da Avenida Perimetral até a Eliseu de Almeida, obras de drenagem e revitalização da Praça Roberto Gomes Pedrosa, o que melhora o sistema viário da região depois do evento.

O investimento de cerca de R$ 34 bilhões já anunciado pelo governo do estado e prefeitura contempla obras mais afastadas do estádio, mas plenamente justificadas numa cidade do porte de São Paulo, cujo investimento para melhorar o trânsito significa a abertura de várias frentes de intervenções.
Morumbi 2014: Quais são as obras consideras prioritárias para o acesso ao Morumbi?

CLC: A continuação da Avenida Perimetral (de Paraisópolis até a avenida Eliseu de Almeida); a construção de um sistema de veículo leve sobre trilhos (ou pneus) para ligar o aeroporto de Congonhas ao metrô, a construção de um estacionamento com no mínimo 1,2 mil vagas, e claro, a entrega da estação São Paulo-Morumbi do Metrô.

Morumbi 2014: Quantas vagas de estacionamento realmente são necessárias para o estádio?

CLC: 1.400 vagas no estádio são suficientes quando o entorno imediato é considerado na composição para a Copa. Em um estádio urbano como o Morumbi, a logistica de shuttle é mais importante do que a vaga de estacionamento dentro do estádio (a exemplo da Formula 1).

Morumbi 2014: Considerando os locais próximos, quantas vagas existem hoje na região do estádio?

CLC: Cerca de 63 mil vagas em um raio de cinco quilômetros,mas a CET está fazendo um novo estudo diante dos novos encargos que surgem, baseando-se na experiência bem sucedida da F-1 que recebe em Interlagos durante 3 dias 70 mil pessoas/dia.

Morumbi 2014: Como está o andamento do projeto do estacionamento em frente ao estádio?

CLC: Duas opções estão sendo consideradas, a que contempla estacionamento para cerca 1400 vagas e outro com cerca  de 3000 vagas, sendo que em ambas as situações há conexão do projeto com a estação São Paulo-Morumbi. O projeto, em fase de estudo de viabilidade e layout, inclui a revitalização paisagística da área e a drenagem necessária para acabar de uma vez por todas com os problemas de enchente naquela região.

O tipo de projeto/obra também está em estudo. Se será obra da prefeitura ou algum tipo de concessão onerosa.

Morumbi 2014: A imprensa que algumas cidades/estádios pediram um prazo maior para a entrega dos projetos. São Paulo vai entregar até o final do mês?

CLC: Sim

Morumbi 2014: Quais são os pontos favoráveis para a cidade São Paulo para a abertura da Copa do Mundo em 2014?

CLC: Cidade com infraestrutura de serviços e entretenimento invejável, mão de obra mais qualificada, capital econômica da América Latina,75 % dos voos internacionais chegam  a São Paulo,interesse dos patrocinadores pelo nosso mercado,Morumbi é um estádio que já existe só precisa ser requalificado,governo do estado e da cidade vão investir (e já estão fazendo) R$ 33,4 bilhões em obras de infraestrutura voltadas para mobilidade urbana, acessibilidade e transportes públicos, que é  o grande legado que um evento como esse tem obrigação de deixar.

Por último, o projeto de São Paulo para a Copa de 2014 é auto sustentável e com os pés no chão.

Teixeira e o uso do dinheiro público para 2014

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Na segunda-feira (17) o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, esteve em São Paulo para assinar um contrato de patrocínio com o Grupo Pão de Açúcar. A proximidade da Copa do Mundo de 2010 está atraindo empresas interessadas em ver sua marca vinculada à seleção brasileira.

Bom, mas o assunto do comentário foi a explicação dada pelo presidente para aquela declaração de uso de dinheiro público para estádios. O grande erro ficou na declaração lá de trás, quando ele disse que não haveria recursos “do povo”. Não acompanhava o noticiário do assunto na época, então não lembro o contexto e se uso de recursos de prefeituras e municípios foi questionado.

Era claro que esse prefeituras e governos estaduais colocariam seus recursos, no caso de estádios público. Primeiro porque é um patrimônio da cidade/estado, depois é necessário um mínimo investimento público em estudos, pesquisas, licitações, etc. E claro que só haverá interesse de investidor se houver condições de rentabilidade.

Apesar de entender o papel da imprensa em fiscalizar essas histórias de uso de dinheiro público, acho que elas precisam entender melhor algumas coisas, como a questão do empréstimo do BNDES, que foi visto por muitos como uso de recursos federais. Oras, no caso dos estádios públicos, quem arca com a dívida é estado/prefeitura. Só mesmo os três estádios de clubes que a situação é diferente. Daí, caso eles escolham essa opção de financiamento, a garantia para o pagamento se torna o patrimônio, que no caso de São Paulo, Inter e Atlético-PR, não é pouca coisa.

Bom, notícias sobre esse assunto saíram em diversos jornais. Por isso que não vou publicar trechos dos jornais.

Fifa vem ao Rio analisar projetos da Copa-2014 – FSP – 17/8

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A Folha de S. Paulo desta segunda-feira também destaca a visita da Fifa no Rio de Janeiro para falar sobre os estádios da Copa do Mundo de 2014. A matéria do jornal é um pouco maior do que a publicada no Estadão, mas não traz informações adicionais. Muito pelo contrário, usa dados antigos, que até parecem que são novos.

Um caso claro do que estou falando é a declaração de Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, sobre o Morumbi. Elas foram feitas já faz algum tempo. Da forma posta, parece que ouviram ele para a elaboração do texto.

As informações das últimas semanas, citadas inclusive pela responsável pelo Comitê Organizador Local, dão conta que as alterações do projeto do Morumbi já teriam sido aprovadas. Claro que alguma coisa ainda pode mudar, já que a Fifa é quem decide.
Os pontos citados no texto já eram de conhecimento público e as mudanças no projeto já aconteceram. Faltam apenas algumas definições, como qual dos projetos de estacionamento será feito realmente.

Outra coisa confusa nessa matéria diz respeito à necessidade de fechamento do Morumbi. Se as coisas acontecerem como o clube prevê, isso não será necessário A data citada pela Fifa, para supostamente fechar o estádio, é na verdade a data para que as reformas e obras comecem.
Bom, apesar de todos os poréns, segue a matéria da Folha:

Fifa vem ao Rio analisar projetos da Copa-2014

Entidade mira São Paulo, que deverá abrir Mundial

Ainda sem o aval da Fifa, os responsáveis pelo projeto de reforma do Morumbi para a Copa de 2014 serão sabatinados por especialistas em estádios da entidade mundial.

Sete representantes da federação chegam hoje ao Rio, onde iniciam reuniões internas -a partir de quarta, reúnem-se com responsáveis pelos 12 estádios que serão usados no segundo Mundial no Brasil.

O encontro dura até sexta. Na reunião, os especialistas vão esmiuçar os projetos e poderão vetar alguns detalhes.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que “uma das principais discussões com a cidade de São Paulo é sobre o estádio. Necessitamos encontrar uma solução para esse estádio ou para a construção de um novo”, afirmou Valcke.

Os dirigentes do São Paulo terão até o dia 31 de agosto para conseguir a aprovação do Morumbi para a Copa. A data foi fixada em junho pelo COL (Comitê Organizador Local) do Mundial aos representantes do clube, em encontro no Rio.
Os executivos do COL exigiram pelo menos quatro mudanças no projeto atual de reforma do estádio, vetado pela Fifa. A maior alteração será a área ocupada pelos jornalistas, que sairá do anel intermediário do Morumbi e pegará quase 25% do anel da arquibancada.

O COL também exigiu um estacionamento de 3.000 vagas próximo ao estádio (poderá ser construído no subsolo da praça Roberto Gomes Pedrosa).

Outra solicitação é uma área de 85 mil metros quadrados fora do Morumbi para os convidados dos patrocinadores oficiais do evento e para os turistas que usarão os serviços da operadora oficial da Fifa.

Fora isso, é exigência um estacionamento para 60 caminhões de mídia. O São Paulo oferecerá parte da área social, a 200 metros do estádio.

A Fifa quer também fechar o estádio para obras, no máximo, em fevereiro. Os dirigentes do clube já disseram que pretendem fazer a reforma em fases para não interditar a arena.

São Paulo é candidata a receber a abertura do Mundial. Brasília e Belo Horizonte também tentam realizar o jogo simbólico. O Maracanã, que fecha para reforma após o Brasileiro, abrigará a final da Copa. Os dirigentes da Fifa estão satisfeitos com o proposto pelo Rio. Mesmo assim, os especialistas deverão mexer em todos os projetos.

Seminário vai discutir projetos de estádios – OESP – 17/8

oesp

Essa nota está na edição desta segunda-feira do O Estado de S. Paulo. Como o acesso a ela era restrito pelo site do jornal, peguei do Cruzeiro do Sul, de Sorocaba. A publicação reproduz parte do conteúdo comprado da Agência Estado.

Está tudo dentro daquilo que já vinha falando aqui. Que começa nesta semana um seminário que é da parte final dos projetos das cidades e estádios para 2014. O Morumbi é citado, já que foi divulgado na imprensa que ele foi bastante criticado pela Fifa. As informações que saíram na imprensa são conta que os problemas foram sanados.

Segue a nota

Seminário vai discutir projetos de estádios

Representantes da Fifa e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 se reúnem a partir desta segunda-feira (17), no Rio, para discutir a adaptação dos projetos das 12 cidades brasileiras escolhidas como sedes do Mundial. O encontro ocorrerá até esta sexta-feira em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No evento será apresentado o novo projeto de reforma do Morumbi – o antigo foi duramente criticado pela Fifa.Para atender às exigências da entidade, houve adaptações na localização da tribuna de imprensa e no estacionamento. Em recente entrevista, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, mudou o discurso e disse que será investido dinheiro público na reforma ou construção de estádios para a Copa de 2014.